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As piores crises de imagem em Redes Sociais de 2013.

06.01.2014

Falhas em produtos, erros na gestão, uma declaração mal interpretada ou até mesmo uma informação equivocada que circula nas redes sociais. Todos estes fatos podem mudar (ou formar) a opinião dos consumidores sobre uma empresa, da noite para o dia.

Qualquer crise de imagem tem o poder de colocar em risco a reputação de uma companhia. Estar atenta e agir rápido para reverter danos causados por esses problemas é essencial.

Foi assim que 9 companhias agiram este ano. Na maior parte dos casos, elas precisaram se desdobrar para não perder a confiança dos clientes.

Barilla

Em setembro, a famosa marca de massas italiana Barilla sofreu uma ameaça de boicote dos consumidores nas redes sociais.

Motivo: o presidente da empresa, Guido Barilla, disse a uma rádio local que não aceitaria que casais gays estrelassem campanhas publicitárias da marca, já que ele teria preferência por “famílias tradicionais”. O impacto foi tão grande que o executivo precisou pedir desculpas nos canais oficiais da companhia na internet, chegando a até mesmo gravar um vídeo.

Coca-Cola

Supostas partes de um rato encontradas dentro de uma garrafa de Coca-Cola deram o que falar em 2013. Um consumidor que tem dificuldades motora e de fala disse ter adquirido a condição após consumir o produto contaminado.

Ele abriu um processo contra a companhia em 2010, mas o caso explodiu na imprensa em setembro deste ano. O efeito foi tão devastador que a empresa negou o ocorrido em seus canais oficiais na internet e até lançou um comercial que destacava o rigor dos processos de controle de qualidade de seus produtos.

No mês passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-sP), concluiu, em decisão de primeira instância, que o tal rato nunca existiu.

Unilever

Em abril, a Unilever chegou ser proibida pela Anvisa de fabricar, comercializar e distribuir produtos da linha com soja AdeS. Pelo menos quatorze pessoas passaram mal após consumir bebidas que estavam contaminadas com uma solução de limpeza devido a uma falha no processo de higienização.

A empresa teve inclusive, que recolher produtos do lote. A Unilever foi liberada para comercializar o produto novamente depois de inspeções em suas fábricas que constataram que a falha foi pontual.

EBX

As promessas não cumpridas de Eike Batista acabaram levando a credibilidade da holding EBX à lona. Em agosto, o empresário precisou vender o controle da empresa de logística do grupo, a LLX. Em outubro, ele deixou de controlar a mineradora MMX e a petroleira OGX teve de pedir recuperação judicial.

Em novembro, foi a vez da companhia de construção naval OSX pedir ajuda para não ir à falência. Os acontecimentos fizeram a fortuna do brasileiro reduzir de 30 bilhões de dólares para menos de 1 bilhão, provocando a sua saída da lista dos homens mais ricos do mundo da revista Forbes, na qual ele já havia ocupado a 7ª posição.

M. Officer

No mês passado, a Justiça chegou a ordenar o bloqueio de bens e créditos no valor de 1 milhão de reais da M5 Indústria e Comércio Ltda, dona das marcas M. Officer e Carlos Miele. A medida foi tomada devido ao caso de dois bolivianos que foram encontrados em situação análoga à escravidão, produzindo peças com etiquetas da marca M.Officer.

Dias depois, a Justiça reverteu a decisão, porque entendeu que o casal de estrangeiros não estava formalmente ligado à M5, o que eximia a responsabilidade da empresa sobre eles. Os dois costuravam para a Spazio, empresa que terceirizava a produção para a M5. No contrato entre as duas companhias, havia uma cláusula que proibia a subcontratação, o que foi desrespeitado pela Spazio. Mesmo assim, o caso teve grande repercussão nas redes sociais e blogs de moda.

JBS

Em fevereiro, a JBS foi acusada de distribuir carne de cavalo misturada à carne bovina, na Europa. O caso veio à tona depois que a Nestlé decidiu recolher das prateleiras dois produtos que haviam sido submetidos a testes que apontaram a presença mais de 1% de DNA cavalo. Os itens eram fornecidos pela subsidiária belga do grupo brasileiro, a JBS Toledo.

À época, a empresa emitiu um comunicado oficial negando o ocorrido e suspendeu os contratos com a companhia alemã Schype, produtora dos alimentos em que a carne de cavalo teria sido encontrada. A Schype era subcontratada da JBS.

Heinz

Em agosto, a Anvisa encontrou pelos de rato em três lotes de Ketchup da marca Heinz. A empresa constatou que os produtos contaminados haviam sido importados da fabricante mexicana Delimex, em 2012, e resolveu tirá-los do mercado.

Siemens

Em julho, a própria multinacional alemã denunciou que estava envolvida em uma prática de cartel no sistema de metrôs e trens de São Paulo e Distrito Federal. Neste mês, a empresa anunciou que suspeita que parte de um montante de 7 milhões de reais que teriam sido desviados por Adilson Primo, ex-presidente da companhia, foi utilizada para pagamento de propina a agentes públicos. O caso gerou, inclusive, protestos em frente à sede da Siemens na Lapa, em São Paulo.

Lojas Americanas

A rede varejista Lojas Americana assinou, em outubro, um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas devido a um caso de trabalho em condições análogas à escravidão.

Cinco bolivianos foram encontrados sob tais condições, produzindo peças de roupa para a empresa HippyChick Moda Infantil, sob encomenda da Lojas Americanas.

À época, a empresa concordou em pagar 250 mil reais por dano moral coletivo e a se responsabilizar pelas condições de trabalho de seus fornecedores.